O conhecido ator, dramaturgo e escritor britânico Stephen Fry postou recentemente uma carta aberta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e ao primeiro-ministro britânico David Cameron na Internet. Nele, ele critica as ações do governo russo em relação à comunidade LGBT (a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Nesse sentido, Frye pede um boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão realizados em fevereiro de 2014 em Sochi.
Críticas ao governo russo
Em sua carta aberta, homossexual e judeu por nacionalidade, Stephen Fry compara o presidente russo Vladimir Putin ao tirano alemão Adolf Hitler, e suas ações para com a comunidade LGBT à perseguição de judeus e outras minorias nacionais.
O ator britânico cita alguns fatos da história do Reich e os transfere para a situação da Rússia moderna. Em particular, ele escreve que a humilhação, assassinato e espancamento de representantes de minorias sexuais na Rússia são completamente ignorados pela polícia, e quaisquer tentativas de falar em defesa de homossexuais são agora proibidas por lei.
Fry não deixou de lado o compositor Pyotr Ilyich Tchaikovsky em seu discurso. O ator lamentou que, após a adoção na Federação Russa da lei que proíbe a promoção da homossexualidade, qualquer declaração de que Tchaikovsky era homossexual e que sua vida e arte refletem plenamente sua orientação sexual possa servir como motivo para prisão.
Boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014
Além do exposto, na carta Fry expressa preocupação com os atletas gays que participarão das próximas Olimpíadas de Inverno. Ele também menciona as regras do COI, que, em sua opinião, estão sendo violadas na Rússia hoje:
- em contra-ataque a quaisquer atos de discriminação;
- na cooperação com organizações públicas e privadas para promover a paz mundial;
- no apoio à interação entre esporte, cultura e educação.
A este respeito, Stephen Fry, em sua carta, exorta o COI e todo o mundo civilizado a resistir aos bárbaros, em sua opinião, a lei que proíbe a propaganda de relações não convencionais na Rússia e a boicotar os Jogos Olímpicos de Sochi para não manchar o movimento olímpico para sempre. Ele também pede ao Comitê Olímpico Internacional que resista às pressões da covardia do petróleo, do dinheiro, do pragmatismo e lute pelo futuro de toda a humanidade.